Jornal da Cidade - HU dobra número de cirurgia bariátrica
HU dobra número de cirurgia bariátrica
Publicada: 04/02/2009
Depois de uma breve interrupção, as cirurgias de redução de estômago voltaram a ser feitas no Hospital Universitário e com uma novidade: de fazer uma a cada semana. Por enquanto, a equipe coordenada pelo médico Antônio Alves Júnior, realiza duas cirurgias por mês. Atualmente, o programa de redução de estômago conta com 300 pessoas inseridas. O Estado realizou de junho de 2007 -, quando foi feita a primeira cirurgia bariátrica no HU -, até ontem, 30 cirurgias.
Das 300 pessoas inseridas no programa, 58 já estão na fase final. Passaram pela análise do endocrinologista e foram encaminhadas para a equipe multidisciplinar de cirurgia bariátrica. O coordenador da equipe lembrou que a relação dos pacientes à espera da cirurgia não pode ser cronológica, pois vai depender da avaliação da equipe. “Tem que respeitar as restrições do paciente”, falou.
O processo para ser inserido no programa começa na Internet, através dos postos de saúde, que encaminha o paciente para o serviço de obesidade do HU. A endocrinologista avalia e só depois é que ele é encaminhado, por esse profissional, para o grupo de cirurgia bariátrica. Esse grupo é formado por 13 profissionais (psicólogo, assistente social, endocrinologista, enfermeiro, nutricionista, cirurgião e cirurgião plástico). Nesse período, o paciente passa por avaliações clínicas e uma série de exames. Segundo o coordenador do grupo, geralmente o tempo de espera varia de seis meses a um ano e meio, mas depende muito do paciente.
Segundo Antônio Alves Júnior, doutor em cirurgia do aparelho digestivo, a cirurgia de redução de estômago realizada em Sergipe é a mais usada no mundo e utiliza o protocolo do Hospital das Clínicas de São Paulo, referência internacional no assunto. Custa cerca de R$ 20 mil, quando feita por hospitais particulares. De acordo com o médico, é a que apresenta um efeito esperado previsível na perda de peso entre 35% a 40% do peso do paciente e a que oferece menos complicações. “É o padrão ouro”, destacou.
Ainda segundo ele, desde quando foi feita a primeira cirurgia, não houve registros de complicações. “Todos tiveram perda de peso excelente”, falou. Antônio Alves Júnior lembrou que independente dos resultados, o paciente precisa saber que vai precisar continuar fazendo dieta e atividade física, além de reposição vitamínica e passar por avaliação médica regularmente.
Para ser inserido no programa, o paciente precisa apresentar um quadro de obesidade mórbida (aquela que traz riscos de morte ao paciente). Precisa ainda ter entre 18 a 65 anos de idade e mais de dois anos de obesidade. O cálculo do Índice da Massa Corporal (IMC), que é calculado com base no peso dividido pela altura ao quadrado (IMC= peso (kg)/altura (m²). É considerada de risco quando o resultado é acima de 35.
Publicado no Jornal da cidade
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