Branco e nulo é omissão - Cláudio Nunes
O mais sensato e racional é mostrar sua indignação votando em alguém que ele entende que pode confiar e representá-lo bem
30/09/2008 - 07:15
Em toda campanha eleitoral um percentual do eleitorado brasileiro arranja um jeito de manifestar sua opinião contra a obrigatoriedade do voto, através do voto nulo ou em branco. As duas opções podem ser usadas como forma de protesto ou até mesmo demonstrar que "não gosta de política" e "tanto faz" com quem será eleito.
Por isso, a cada eleição aparecem candidatos que encarnam o espírito gozador do brasileiro e recebem muitos votos. Sergipe teve vários destes candidatos, passando mais recentemente pelo candidato "Rola" e nesta eleição de Aracaju pelos candidatos Robin e Hulk, que devem
receber votos, mas não o suficiente para se elegerem vereador.
O que o eleitor deve se conscientizar é que a melhor forma de protestar não é votando nulo ou branco. Pelo contrário, desta forma ele está ajudando a manter diversos políticos que ele não gosta no poder. O mais sensato e racional é mostrar sua indignação votando em alguém que ele entende que pode confiar e representá-lo bem no Legislativo ou ser um bom administrador, no caso do Executivo. A eleição é para isso: se não prestar é só trocar.
O mais racional seria que o voto não fosse obrigatório, mas para que o Brasil chegue a esta fase do voto facultativo é preciso que todos tenham o acesso a um sistema educacional de verdade e tenham consciência de seu voto para o destino de sua vida. Enquanto o voto for obrigatório o eleitor precisa tem que votar, tentar acertar sempre. O voto em branco ou nulo é uma omissão, e quem se omite não pode reclamar mais tarde.
Autor: Claudio Nunes escreve uma coluna diária no Portal Infonet desde maio de 2006. Atua no jornalismo de Sergipe há mais de 15 anos, passando pela Gazeta de Sergipe, Jornal da Manhã, Diário de Aracaju, TV Sergipe e Jornal do Dia. Radialista e jornalista, em dezembro de 2006 publicou o livro 'Liberdade da Expressão".
FONTE: INFONET
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