Elvis Presley: 75 anos que se confundem com a própria história do rock' n' roll
Luiz Felipe Carneiro | Música | 07/01/2010 23:30
Quem acredita que Elvis Presley não morreu pode encomendar o bolo. E mais 75 velinhas. Hoje, dia 08 de janeiro, comemoramos 75 anos do nascimento do Rei do Rock - ou de Elvis, The Pelvis. Certamente, Elvis Presley foi o maior nome da história da música em todos os tempos. Os números são claros: 20 álbuns e 36 singles chegaram ao primeiro posto das paradas norte-americana ou britânica. Como se não bastasse, Elvis já vendeu, até hoje, mais de um bilhão de discos.
Oficialmente, a carreira de Elvis começou em julho de 1954, quando gravou um compacto para a Sun Records. Fato é que mais do que um compacto, "That's All Right (Mama)" marcou o início do gênero musical até hoje conhecido como rock' n' roll.
Embora ainda haja controvérsias se tal canção foi realmente a primeira do gênero, uma coisa ninguém pode negar: Elvis Presley foi o responsável pela formatação do rock tal qual o conhecemos hoje, gravando canções como "Don't Be Cruel", "Hound Dog" e "Blue Suede Shoes", todas já registradas na gravadora RCA Victor, que contratou o cantor em 1955.
Desde então, Elvis não só mudou o rumo da música como da própria cultura popular. O cantor influenciou o modo de se vestir, de se dançar, penteados... Algo que pode se chamar de "revolução cultural", sem parecer exagerado. Elvis também foi vítima de preconceito, especialmente dos brancos (que nem ele) que achavam que o rock' n' roll era vulgar o suficiente para ser representado por um artista branco (?!?).
O sucesso de Elvis Presley não impediu a sua convocação para o exército, em 1958. Até hoje, a "aceitação" do cantor é vista como estratégia de marketing. E é verdade que Elvis Presley voltou do exército, em 1960, mais querido do que nunca. A sua fama estava lá em cima. Elvis, então, aproveitou para iniciar a sua carreira de ator de filmes em Hollywood. O cantor filmou faroestes, musicais, dramas, histórias de amor, comédias... Tudo cabia no seu balaio de gatos. Dos 33 filmes gravados pelo cantor entre 1956 e 1972, pouca coisa se salvava - os filmes estrelados por ele eram ruins mesmo, talvez com a única exceção de "Viva Las Vegas" (1964) -, mas será que o público se importava com esse detalhe?
A partir da segunda metade dos anos 60, Elvis mudou um pouco o direcionamento de sua carreira. De cantor de rock, Elvis Presley foi se transformando em intérprete popular, cantando música gospel (como "How Great Thou Art") e baladas ("I'll Remember You", por exemplo). Em 1967, o cantor se casou com Priscilla Beaulieu. No início do ano seguinte, nascia Lisa Marie Presley. E foi em 1968 também que Elvis Presley fez um dos programas mais memoráveis da história da televisão. "The Comeback Special" foi ao ar pela rede "NBC" no Natal de 1968. No programa, Elvis cantou os seus principais sucessos e algumas canções até então inéditas. A apresentação é facilmente encontrada em CD e DVD.
A partir desse momento, Elvis passou a se dedicar mais a shows, especialmente em Las Vegas, onde eram realizadas temporadas de até oito apresentações por semana. Em 1970, na cidade de Houston, Elvis cantou para um público de 43 mil pessoas, recorde absoluto para a época. Três anos depois, Elvis fez o primeiro show apresentado via satélite para vários países do mundo - inclusive o Brasil. "Aloha From Hawaii", apesar de mostrar um Elvis Presley fora de forma e longe de sua melhor forma vocal, é outro marco na história da música.
E foi mais ou menos dessa forma que Elvis seguiu até a sua morte: gordo, cantando um repertório de gosto duvidoso com a sua voz mais do que baleada. Mas era o suficiente para lotar as suas apresentações. Antes mesmo de morrer, o mito ficou maior do que o homem.
E o que dizer 75 anos após o seu nascimento? Pelo menos uma coisa é certo: ele fez tudo ao seu modo. E talvez isso explique porque Elvis foi... Elvis.
FONTE: www.sidneyrezende.com
http://www.sidneyrezende.com/noticia/69530+elvis+presley+75+anos+que+se+confundem+com+a+propria+historia+do+rock+n+roll
youtube
Nenhum comentário:
Postar um comentário