TENSÃO PRÉ-MENSTRUAL (TPM)
Alguém mais desavisado poderia até pensar que a síndrome da tensão pré-menstrual (TPM) é mais um modismo dos tempos atuais, pois nunca se falou tanto sobre este assunto como agora. Entretanto, esse distúrbio é descrito desde a época de Hipócrates (460 a.C.).
Atingindo cerca de 35 a 40% das mulheres em idade fértil, a TPM é uma ocorrência cíclica que acontece após a ovulação e cessa por completo com a chegada do fluxo. Suas manifestações, que variam de mulher para mulher e preenchem uma gama de 150 sintomas, podem durar de 2 a 10 dias, cuja intensidade pode transformar o período pré-menstrual em um verdadeiro calvário feminino, trazendo sérias repercussões no relacionamento afetivo intra e interpessoal (cônjuge, filhos, amigos, vizinhos, chefes e colegas de trabalho).
Basicamente, os sintomas da TPM podem ser divididos em físicos e psíquicos que, na dependência de sua intensidade e relevância, são agrupados em quatro categorias:...
Na TPM-A, sobressaem a ansiedade, a irritabilidade, a agressividade e a tensão nervosa (raiva imotivada, sensação de estar “no limite”).
Na TPM-H, prepondera a retenção hídrica que se manifesta por edema (inchaço das extremidades), aumento do volume do abdome, dores mamárias e ganho de peso.
Na TPM-C, a cefaléia (dor de cabeça e enxaqueca) destaca-se entre os demais desconfortos e, geralmente, vem acompanhada de fadiga, palpitações, aumento do apetite e marcante preferência por alimentos doces.
Na TPM-D, o sintoma mais importante é a depressão que, na maioria das vezes, está associada à insônia, choro fácil, desânimo, esquecimento, dificuldade de concentração e confusão mental.
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O tratamento da TPM irá depender do grau de desconforto com que este distúrbio atinge cada mulher. Nos casos leves, a adoção de alguns hábitos saudáveis, como a atividade física (caminhadas, ginástica, natação), a prática de esportes, a menor ingestão de sal, de café e chá serão benéficos no alívio dos sintomas. Nos casos mais graves, em que as alterações comportamentais têm grande impacto no relacionamento familiar e no ambiente de trabalho, além daquelas medidas gerais, a avaliação médica e a prescrição de medicamentos se fazem necessárias para restituir a qualidade de vida dessas pacientes.
Dr. Carlos Antônio da Costa
Ginecologista e Obstetra
CRMSC 9758 – TEGO 035/79
www.drcarlos.med.br/
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