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quarta-feira, 2 de julho de 2008

Clube Somos Todos UM

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A verdadeira história da tal alma gêmea
por Andrea Pavlovitsch - andreapavlovitsch@uol.com.br

Lá vou eu, novamente, falar sobre relacionamentos. Esse tema tão controverso que nos faz perder o sono de noite e imaginar mil fantasias. Já falei das ilusões e das desilusões e, hoje, queria falar sobre um tema que é a coisa mais comum de escutarmos: quero um amor para me completar.

Essa frase é tão comum que acreditamos mesmo que ela seja verdadeira. Essa crença de que somos incompletos vem dos tempos de Platão. Segundo a sua teoria, o ser humano era uma forma inteira, completa. Lá pelas tantas os Deuses resolveram nos condenar nos dividindo em dois e fazendo com que passássemos a vida toda procurando a nossa “outra metade”. Talvez Platão nem estivesse realmente querendo ser tão literal, mas o que nós entendemos é que precisávamos perder tempo procurando o que chamamos de alma gêmea, aquela pessoa que irá nos completar em tudo, de todas as formas e nos fará sentir algo inimaginado, inigualável, incomparável.

De fato, algumas pessoas já se sentiram assim quando no estado de paixão. E é difícil se apaixonar dessa maneira mais de uma vez na vida. Isso porque o estado de paixão sugere, primeiramente, ilusão. E o futuro das ilusões nos sabemos qual é: a desilusão. Imaginamos que aquela pessoa é a nossa cara metade e nos apaixonamos mais pela idéia, mais pelo amor, do que pela pessoa em si. Claro que quando isso acontecer de novo pensaremos “aqui não” por conta de feridas que acabaram por não cicatrizar e nos fechamos para viver novamente esse estado de entrega. O que não é de todo insalubre, já que não faremos nos iludir novamente. Mas que não é de todo saudável, já que muitas pessoas decidem nunca mais se apaixonar.

De fato, amor sugere entrega. Entrega à intimidade com o outro. E por intimidade não estamos aqui entendendo só o sexo. Intimidade é deixar o outro fazer parte da sua vida. Fazer parte da lavanderia no domingo, da macorronada em família. Deixar ele descobrir os seus segredos mais sórdidos e, ainda assim, achar isso lindo. Não o lindo social, propaganda de margarina. Mas o lindo da nossa aceitação. Intimidade só é possível quando nos aceitamos. Como vamos deixar alguém entrar na nossa vida, ver segredos que nem a gente aceita? Se não nos aceitamos, não aceitaremos o outro e a intimidade estará incompleta.

Muitos e muitos casais vivem relacionamentos sem a menor intimidade. Moram sob o mesmo teto por anos e nunca revelaram seus segredos ao outro. Não estou falando do real número de homens com quem você dormiu antes de se casar, mas aqueles segredos que são ainda mais íntimos: as nossas dores, aquilo que nos faz chorar, sofrer; as nossas brigas com a gente mesmo, o que nos assusta, o que nos dá medo. Compartilhar essas coisas exige coragem porque nem nós mesmos conseguimos admiti-las, muitas vezes. E ser íntimo do outro exige que você seja íntimo de você.

A falta de intimidade também afeta, claro, a parte sexual. Ficamos sem coragem de pedir o que queremos para o nosso parceiro ou parceira. Encanamos com as gordurinhas, como se isso fosse afastar o amor que o outro sente pela gente. Fingimos orgasmos maravilhosos, noites perfeitas que nem nos lembramos direito e acabamos só fazendo o que agrada o outro, para não contrariar, sabe?

E, no final, ainda nos sentimos pela metade, incompletos. Isso porque a completude nunca, sob hipótese nenhuma, nem na maior das intimidades, está no outro estar ou não presente. Não estamos completos com o outro, somos completos pela gente mesmo. O que muitas vezes nos falta é integrar as nossas verdadeiras partes. Aquela pessoa que somos de verdade, mas que em algum ponto do caminho resolvemos abandonar. Ou porque a achamos maluca demais, inconveniente. Ou porque escutamos uma crítica qualquer e acreditamos nela. Mas o fato é que nunca seremos realmente felizes enquanto não encontramos a nossa verdadeira alma gêmea, dentro de nós.

E aí, com certeza, será muito mais fácil viver um relacionamento com qualquer outra pessoa. Uma pessoa que tenha a ver com o seu momento e que lhe traga bonitas e importantes lições. Porque somos eternos e muitos, muitos parceiros e lições ainda passarão pela nossa vida. Independentemente de qualquer coisa. Então, que tal abrir o coração para a sua alma gêmea interior? Perceber mais a você e sair da ilusão, do maya, de que o outro lhe fará feliz? Seja feliz agora, com essa companhia maravilhosa que é você mesma.

Andrea Pavlovitsch
Psicoterapeuta holística. Atende em tarô e psicoterapia holística com o uso de florais, além de mapas numerológicos pessoais e empresariais.
(11)8132-7126 e (11)4105-4674
MSN: teixeira_psi@hotmail.com
andreapavlovitsch@uol.com.br
* Os créditos acima sempre devem acompanhar o texto *
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Texto revisado por Cris

por Andrea Pavlovitsch - andreapavlovitsch@uol.com.br
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