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segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Dia Mundial da Luta Contra a Aids

Dia Mundial da Luta Contra a Aids

Mais de 34 milhões de pessoas foram infectadas pela Aids em todo o mundo. Aproximadamente, um terço desse total é de jovens entre 15 e 24 anos. A cada minuto, segundo o relatório, seis jovens são infectados pelo vírus HIV. Das 2 milhões e 800 mil pessoas que morreram vítimas da doença, no ano passado, 79% eram africanas. Até o fim deste ano, acredita-se que 10 milhões e 400 mil crianças com menos de 15 anos, a grande maioria na África, terão perdido a mãe por conta da doença ou até mesmo ficado órfãs de pai e mãe.

O capítulo sobre a Aids em O Progresso das Nações foi escrito por Femi Anikulapo-Kuti, que decidiu encampar uma cruzada contra a doença desde a morte do seu pai, Fela Anikulapo-Kuti, famoso músico nigeriano que morreu em 1997 também vítima da doença. Fela tinha milhões de fãs, era ativista político e foi perseguido por políticos poderosos e militares.

Mas nada, diz o filho no relatório, conseguiu silenciar meu pai, nem mesmo a prisão ou a tortura. Nada quebrou seu espírito ou tirou sua voz. O que silenciou meu pai, lamenta, foi nada menos do que a Aids. Mesmo assim, em algumas partes da Nigéria, apenas uma em cada dez pessoas sabe o que é Aids. E, menos ainda, sabem como evitá-la. Por essa razão, há hoje 2 milhões e 700 mil nigerianos infectados pela doença.

Não só na Nigéria, mas em todo o continente, muitas crianças e adultos infectados vivem em hospitais e outras instituições, mas no absoluto abandono: sem dinheiro, sem recursos. A África já perdeu mais de 15 milhões de pessoas devido à Aids desde o início de 1980. E até hoje as pessoas continuam ignorando esse mal, mas sedentas de informação. Em 1993, por exemplo, apenas 5% dos adolescentes entre 15 e 19 anos em atividade sexual na Costa do Marfim usavam camisinhas.

Em 1998, o percentual subiu para 30%. Mas esse é ainda um índice muito baixo. Segundo o relatório, a Aids está dizimando o mundo em desenvolvimento, mas em nenhum lugar de modo tão contundente como nos países africanos ao sul do Saara. Em Botswana, uma em cada três jovens e um em cada sete rapazes entre 15e 24 anos estão contaminados. E no Lesoto, África do Sul e Zimbábue o percentual é um pouco menor: uma a cada quatro jovens e um a cada dez rapazes. O Progresso das Nações afirma que a Aids ameaça todos os avanços conquistados até hoje na área econômica, política e social no continente. E a ameaça maior recai sobre as mulheres, que são as mais atingidas e menos informadas.

Uma pesquisa feita em 17 países, inclusive no Brasil, revela essa desvantagem feminina. Em Moçambique, onde a estimativa é de que 13% da população esteja contaminada, 74% das adolescentes entre 15 e 19 anos foram incapazes de explicar uma única forma de prevenir a doença. Brasil - Entre os dezessete países pesquisados, o Brasil é o que tem o melhor índice de informação. Onze por cento das jovens e nove por cento dos rapazes não sabem como evitar a Aids.

O Brasil também aparece bem colocado numa outra pesquisa, desta vez com 34 países. Fica atrás apenas da República Dominicana. O estudo revela que apenas 22% dos adolescentes brasileiros não sabem que uma pessoa pode estar com Aids, mesmo tendo uma aparência saudável. Em Níger, Nepal e Chade mais de 80% dos jovens ignoram essa possibilidade. Outro dado alarmante que envolve a infância na África está na educação. As Nações Unidas calculam que 860 mil crianças vão ficar este ano sem professores por causa da Aids.

Na Zâmbia, por exemplo, morreram 1.300 professores nos dez primeiros meses de 1998. As escolas são um instrumento chave para reduzir o impacto da doença, diz o relatório. Por isso, a educação precisa ser protegida desta epidemia. A luta contra a Aids nos países em desenvolvimento demanda uma quantidade de recursos, estimada pelas Nações Unidas, entre 2 e 3 bilhões de dólares por ano.

Grande parte dos recursos seria destinada para os países africanos ao sul do Saara, onde vivem 70% das pessoas infectadas pelo vírus. A ajuda dos países ricos, no entanto, chegou apenas aos 302 milhões de dólares em 1998. Femi Anikulapo-Kuti conclui a sua parte no relatório afirmando que a mensagem é clara: para combater a Aids, nós temos de lutar contra a pobreza com muito mais energia e recursos do que jamais conseguimos juntar.

www.unicef.org/brazil/femi.htm

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